Tenores di Bitti in Brasile con l'Orchestra Mediterranea (07/2005)

 

Sons do Mediterrâneo em apresentação inédita no SESC Pinheiros

                           Clique aqui para assistir ao trailer do DVD
Registro do primeiro encontro entre os músicos da Orquestra Mediterrânea
 

Dirigida por Carlinhos Antunes, Lívio Tragtenberg e Magda Pucci, Orquestra Mediterrânea reúne artistas de oito países e apresenta repertório de música popular

Nesta noite de quarta-feira (24), a conversa pelo telefone da reportagem do Portal SESC SP com Carlinhos Antunes foi marcada por intervenções do outro lado da linha. Ficava difícil identificar o que estava acontecendo. E Antunes, delicadamente, pedia "um minuto" e repassava os movimentos da música para o técnico ao seu lado. Daí, a dedução: eram os músicos da Orquestra Mediterrânea em seus últimos momentos de ensaio antes da apresentação deste final de semana, no SESC Pinheiros, como parte da Mostra SESC de Artes - Mediterrâneo.

Os instrumentistas escolhidos por Carlinhos Antunes, Lívio Tragtenberg e Magda Pucci para participar deste projeto deveriam saber expressar musicalmente sua própria cultura e improvisar com outros músicos que nunca houvessem tocado antes. Os 18 artistas que se apresentam este final de semana foram aos poucos enviando suas composições e outras sugestões para o trio ir preparando, aqui no Brasil, o repertório.Uma, entre as muitas relações à distância que deu certo. "Conforme a gente foi convidando este pessoal, fomos pedindo para que eles fizessem sugestões de música para que a gente pudesse refletir. Eles nos enviaram gravações e partituras por Sedex, composições por e-mail em MP3. E nós ficamos aqui juntando e ouvindo tudo que chegava", diz Carlinhos Antunes.

Depois de reunir estes trabalhos e definir quais seriam as canções que ficariam no repertório, os diretores tentaram manter o que de essencial havia em cada uma delas, isto é, o caráter da composição. "A gente manteve isso em mente e tentamos adaptar as canções sem descaracterizá-las. Ou então, em outros momentos, criamos assumidamente outra sonoridade. Quando você junto uma orquestra atípica como essa ela precisa refletir este caráter atípico".

Mesmo intitulada de Orquestra, o grupo não preparou um repertório de música erudita. Ao juntar músicos gregos, espanhóis, marroquinos, sérvios, brasileiros, italianos, franceses e turcos os diretores musicais optaram por composições de caráter popular e contemporâneo. "O conceito de orquestra não é um conceito erudito, mas carrega em si a idéia de um coletivo que soa junto. Você pode ter uma orquestra popular de jazz, por exemplo. E a Orquestra Mediterrânea só poderia ser popular, pois numa orquestra erudita os músicos se relacionam em outros moldes. Aqui a relação entre cada um deles é muito diferente", diz.

A primeira vez que este grupo se encontrou foi no domingo passado e segundo Antunes esse primeiro olhar foi de "uma estranheza sadia". Na segunda-feira, os músicos passaram a se reconhecer mais, e os ensaios começaram a fluir melhor. O repertório foi sendo assimilado de diferentes formas pelos instrumentistas. "Uma parte dos músicos não lê partitura, então eles precisavam ouvir as composições para assimilar o que estava acontecendo. Só a partir daí começamos a tocar mesmo", diz.
 

Foram convidados para estar na Orquestra Mediterrânea o grego Petros Tabouris - que se apresentou na abertura das Olimpíadas de Atenas -, o francês Eric Montbel, tocador de gaita-de-fole, compositor e estudioso de músicas étnicas, o espanhol Xavi Lozano, especialista em instrumentos integrantes da cultura catalã, o libanês Sami Bordokan, mestre de instrumentos árabes e improvisação entre outros. Saiba aqui mais informações sobre os músicos.

Baixe agora a programação da Mostra SESC de Artes - Mediterrâneo e veja todas as atividades programadas. Não perca tempo, a Mostra termina neste domingo na Capital.
 

O que: Orquestra Mediterrânea
Quando: 26 e 27/08, às 21h | 28/08, às 18h.
Onde: Teatro SESC Pinheiros | rua Paes Leme, 195 - tel.: 11 30959400

 orquestra mediterrânea

direção musical
Carlinhos Antunes - viola e violão, direção musical - Brasil
O músico toca violão, viola, charango, cuatro, kora, saz e percussão variada. Grande pesquisador dos sons de diversas partes do mundo e do Brasil, desenvolve diversos trabalhos como diretor e produtor musical. Atualmente é curador musical do Museu da Casa Brasileira e um dos coordenadores do curso de música "Cantos do mundo" do SESC carmo, ambos em são paulo.

Lívio Tragtenberg - clarone e direção musical -Brasil
Compositor e saxofonista, é autor de livros sobre música e outras linguagens, entre eles, Música de cena (ed. Perspectiva). Recebeu vários prêmios por suas trilhas sonoras para teatro, cinema, teatro-dança e vídeo. Recentemente concebeu a Orquestra de Músicos das Ruas de São Paulo, e em Miami, criou a Nervous City Orchestra com músicos locais. Trabalha desde 1995 com o coreógrafo alemão Johann Kresnik, criando espetáculos de teatro e teatro-dança na alemanha.

Magda Pucci - piano preparado, harmonium, voz e direção musical
Pesquisadora, compositora, arranjadora, pianista e cantora, dirige e produz o grupo Mawaca - formado por sete cantoras e sete instrumentistas - que há 10 anos desenvolve repertório multiétnico.


Músicos convidados
Tenores di bitti "mialinu pira"- Itália
O grupo vocal apresenta repertório de cantos profanos e religiosos da Sardenha. O grupo foi fundado em 1995 e seu trabalho é baseado no canto "a tenore", expressão étnico-musical mais antiga da Sardenha, na qual quatro vozes cantam em círculo recriando a forma arquitetônica mais antiga da civilização sarda.

Bilja Krstic - Sérvia
Cantora pop na Iugoslávia por muito tempo, fez parte, nos anos 70, da cultuada banda 'Sunflowers' e da 'Early frost'. Em 1983 seguiu carreira solo na qual vem desenvolvendo trabalho de pesquisa sobre temas étnicos de Kosovo, canções obscuras do distrito de Vlach, além de cantos da Sérvia, Romênia, Bulgária e Hungria.

Petros Tabouris - Grécia
Nascido em Atenas além de instrumentista e compositor, é grande conhecedor do repertório grego desde a música antiga, bizantina, medieval, folclórica e popular. Tem mais de 25 cds lançados, a maioria deles de música grega antiga. Seus principais instrumentos são o qanonaki, uma espécie de harpa grega semelhante ao qanoun árabe e os famosos aulos - clarinetes e flautas antigas.


Pascal Leféuvre - França
Leféuvre toca um instrumento medieval muito usado na música antiga. Tem se destacado por sua capacidade como intérprete de músicas cronologicamente tão distantes quanto a música medieval e a música contemporânea.

Abdelaziz Arradi - Marrocos
O músico trabalha com a tradicional música gnawa, escutando, participando e aprendendo com músicos que tocavam na praça Jamafma, em Marrakech. Por quatro anos seguiu como discípulo de um jovem maestro, Mohamed Koyo, dançando em "lilá gnawa" (noite gnawa). Neste período, aprendeu e começou a fabricar seu próprio instrumento, o gimbri, que o acompanha até hoje.


Paolo Angeli - Itália
Instrumentista e pesquisador, trabalha nas fronteiras entre a música tradicional e o experimentalismo com a guitarra sardenha processada.

Eric Montbel - França.
Tocador de gaita-de-foles, compositor e estudioso de músicas étnicas. Nos anos 1980, criou e participou da banda Lo Jai, que resgata a popularidade da chabreta (outro tradicional instrumento da região).


Xavi Lozano - Espanha
Especialista nas grallas e na tenora espanhola, instrumentos que fazem parte da tradição catalã, toca também o bansuri, flauta de bambu indiana. Atualmente é membro do Tactequete, grupo que explora as diversas formas e timbres de sopros e percussões variadas.

Muammer Ketencoglu - Turquia
Nascido na Turquia, Muammer é cego e tem um trabalho voltado para as tradições das músicas gregas e turcas. Produziu duas coleções das músicas de rebetiko (musica popular grega) em 1994 e 1995. Produziu também uma antologia chamada Pioneers of klezmer music, álbum que uniu exemplos da música klezmer baseada principalmente na tradição da música judaica da europa oriental.

Giorgio Rizzo - Itália
O siciliano Giorgio Rizzo atua como percussionista para dançarinos e tem colaborado com grandes companhias de balé de reputação internacional, como Pina Bausch, Momix, Caterina Genta e outras. Aprofundou-se nos estudos de técnicas árabes de percussão, se aproximando da cultura do Oriente Médio, aonde estuda flauta árabe (ney).

Florian Cristea - Romênia/Brasil
Nascido em 1967 na romênia, iniciou seus estudos de violino aos 6 anos de idade e estudou em uma importante escola de música, na capital do país.
É integrante da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo desde 1997.

Dante Yenque - Peru/ Brasil
Tocou na Orquestra Sinfônica Nacional de Lima e também na Camerata de Lima. Paralelo ao trabalho com a mísica erudita, Dante Yenque apresenta seu viés popular no qual mescla raízes de diferentes culturas
.

Sami Bordokan - São Paulo / Líbano
Filho de libaneses, dedicou-se ao estudo da música e dos instrumentos árabes, estudando no Líbano, Síria, Egito e no norte da África. No seu repertório peças eruditas árabes dos séculos 8 ao 18 e 19, canções folclóricas, além de composições próprias e improvisações inusitadas.


Cláudio Kairouz - São Paulo / Líbano
Formado em piano erudito, dedicou-se à música árabe, tendo como primeiro professor no Brasil Sami Bordokan

Adrián Alvarado - Espanha
Guitarrista flamenco, viveu no Brasil e faz incursões a musica brasileira.

João Parahyba - Brasil
Percussionista, compositor e arranjador. Em 1968, formou na Boate Jogral o Trio Mocotó que desenvolveu a batida que ficaria famosa nos anos 70 junto com o violão de Jorge Benjor.

Jorge Peña - Uruguai/Brasil
Sonoplasta, nascido em Montevidéu, Uruguai, onde a música popular é de origem afro-uruguaio e seu ritmo é o candombe.

 

Frank Herzberg - Brasil
Contrabaixista acústico e compositor alemão, é integrante do Frank Herzberg trio, grupo formado também por Zé Eduardo Nazário na bateria e Alexandre Zamith no piano.

 

 

 

 


Libretto del cd


Libretto del cd


Rassegna stampa


Libretto cd


Tenores di Bitti e la cantante Serba Bilja Krstic


Tenores di Bitti con Paolo Angeli


Tenores di Bitti con il grande Tom Zè


Tenores di Bitti con l'Orchestra Mediterranea


Tenores di Bitti con l'Orchestra Mediterranea


Tenores di Bitti con l'Orchestra Mediterranea